Ana Ceregatti (Escola de Nutrição)

19 de dez de 20111 min

Mais cálcio que no leite

Cresci ouvindo que tomar leite faz bem aos ossos. Aprendi isso na faculdade também. Aliás, aprendi que a principal fonte de cálcio na nossa alimentação é o leite e seus derivados. Vários textos que circulam por aí repetem isso todo o tempo.
 

Geralmente, quando uma pessoa descobre que tem osteopenia, ou seja, que o seu osso está "mais fraco", a primeira recomendação é para comer mais fontes de cálcio. Que se traduz, na grande maioria das vezes, em mais leite e derivados. Esse tiro pode sair pela culatra a agravar a fraqueza óssea, pois, se por um lado a oferta de cálcio fica maior, por outro, aumenta-se o consumo de proteína animal, que, de uma forma bem simplista, retira cálcio dos ossos.
 

Já atendi várias pessoas no consultório nesse tipo de situação.
 

Então, o que fazer?
 

Se consumir leite e derivados for uma opção (e não uma imposição), que ela seja limitada a no máximo 3 porções por dia (1 porção equivale a 1 copo de leite, 1 pote de iogurte natural, 1 e 1/2 colher sopa de requeijão, 3 fatias de mussarela ou 3 colheres de sopa de leite em pó desnatado), para evitar o efeito negativo acima descrito.
 

Incluir outras fontes desse mineral, além dos laticínios, é uma sábia decisão. Comer brócolis, couve, repolho, couve-flor, mostarda, escarola, agrião e rúcula, incluir um pouco de gergelim e de amêndoas, experimentar as delícias com tofu e buscar, sempre que possível, por alimentos fortificados com cálcio são alguns exemplos.
 

Ah... e tomar sol!
 

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