A alimentação sem proteínas animais tem sido adotada por muitas pessoas por razões diversas. A maioria começa eliminando as carnes vermelhas e frango, deixando por último pescados, ovos e laticínios. Mas muita gente tem medo de dar o último passo por achar que uma alimentação sem fontes animais pode levar a deficiências nutricionais, como falta a de proteínas, além da falta de ferro, cálcio, ômega 3 e B12.
Apesar de a deficiência de proteínas ser um grande mito – uma vez que fontes de alto valor nutricional são obtidas facilmente no reino de vegetal – existe um grande estímulo ao uso de suplementos a base de proteínas e até de aminoácidos isolados, como creatina, BCAA, glutamina, arginina, beta-alanina entre outros, especialmente por quem pratica alguma atividade física. Até quem não faz exercício, sob pressão de familiares, amigos, profissionais de saúde e, principalmente, de um grande mercado em ascensão, fica na dúvida se deve ou não ceder ao uso de algum “complemento”.
O uso desses compostos pode sim estar indicado para um público bem específico, como atletas de competição ou por pessoas com alguma necessidade bem pontual, mas não para a grande maioria das pessoas. Proteína em excesso, assim como carboidrato e gordura, desequilibra nossa saúde.
Para você ter uma ideia, a arginina é fabricada pelo nosso organismo a partir dos alimentos que consumimos. Esse aminoácido, por fazer parte da produção de óxido nítrico, pode de fato melhorar a performance esportiva. Mas, tão importante quanto dar matéria-prima para produzi-lo, através do consumo de comida de verdade, é não atrapalhar sua produção, o que ocorre quando há uma elevação desequilibrada da insulina a partir da ingestão de alimentos processados e ultraprocessados. Para a maioria das pessoas, rever a alimentação e fazer escolhas alimentares mais sábias será melhor do que seguir com escolhas ruins e tomar, por exemplo, um suplemento de arginina.