A vitamina do sol
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A vitamina do sol

Um nutriente super importante para o nosso corpo, a vitamina D vem sendo associada a efeitos positivos sobre a prevenção da infecção pelo coronavírus. Confira o que de fato ela pode fazer nesse momento.


A principal função da vitamina D é manter a saúde óssea. Ela regula o quanto de cálcio é absorvido no intestino de forma a manter os níveis adequados no sangue para não precisarmos ficar retirando cálcio dos ossos, já que eles armazenam perto de 99% do total presente no nosso corpo. Isso já está muito bem estudado e é a função oficial desse nutriente.


Importante dizer que pouquíssimos alimentos são fontes de vitamina D. A melhor forma de obtê-la é mesmo através do astro rei.


Há outras funções bem documentadas na literatura científica, mas que ainda não foram oficialmente aprovadas. Uma delas é a ação sobre o sistema imunológico. E é aí que entra esse raciocínio de usar vitamina D para evitar o cononavírus.


Mas não adianta tomar sol, produzir vitamina D, achar que isso vai ajudar a fortalecer o sistema imunológico e não fazer muito mais que isso. É preciso, antes de tudo, pensar como não enfraquecer nosso sistema de defesa.


Estamos privados de contato social. Do calor do abraço. Do olho no olho. Muita coisa na nossa vida mudou. Alguns de nós estão trabalhando de casa, com múltiplas funções, cuidando da limpeza, da comida, dos filhos, do cônjuge e de si. Isso cansa e muito. Fora a insegurança sobre o rumo que tudo isso vai tomar. A saudade das visitas, dos passeios e do toque na pele. E a incerteza do impacto na economia, tanto no nosso mundinho como no mundão lá fora.


Isso fere o sistema imunológico e não há vitamina D que resolva:

Fere o sistema imunológico a falta de ritmo de sono ou a troca do dia pela noite.

A falta de água e de exercício.

A falta de harmonia nas relações, mesmo que virtuais, e a falta de fé no amanhã.


Também fere o sistema imunológico nossas escolhas alimentares, quando mal feitas. Com os restaurantes fechados, só serviço de entrega funcionando, fica o dilema: cozinho ou peço comida?


Quem opta por cozinhar, pode correr o risco de perder a mão no tanto de farinha, de açúcar, de gordura (mesmo das boas) e de sal ou de se render e comer “o que tem”. E nem sempre o que tem é o nutricionalmente mais equilibrado. Quilos a mais ou carência de nutrientes não são amigos do sistema imunológico.


Quem opta por cozinhar não precisa ficar inventando prato sofisticado, que leva um tempão para ser preparado. Basta fazer comida simples com ingredientes frescos, que encontramos em qualquer feira, varejão ou supermercado. Isso a terra nos dá com facilidade e tende a permanecer com preços bem mais acessíveis.


Pedir comida pode ser uma boa opção, se a opção for por comida boa, parecida com essa descrita acima. Comida de má qualidade também perturba o sistema imunológico.


Para nos mantermos saudáveis e preparados para o amanhã, temos que cuidar do miudinho, das pequenas coisas do dia a dia, de pequenas rotinas, como a rotina alimentar. Já que cada célula do nosso corpo é formada a partir do que comemos, nada melhor do que cuidar da qualidade da “argamassa” que usamos para construir nossa morada corporal.


Na prática

Comer comida simples, fresca e feita em casa sempre será mais seguro e mais saudável. Por isso, seguem algumas sugestões:


- estabeleça um dia da semana para comprar alimentos, seja indo até o lugar ou pedindo virtualmente. Quando chegar em casa, limpe as embalagens antes de guarda-las. O que puder, lave com água e sabão;


- higienize frutas, verduras e legumes antes de guarda-los na geladeira ou na fruteira. Isso é uma dica para além dessa fase de reclusão e que pode facilitar muito nesse momento de sobrecarga doméstica;


- escolha os dias que vai cozinhar. Se você puder fazer isso todos os dias, ótimo. Se não tiver essa possibilidade, reserve um ou dois períodos na semana, prepare os feijões e cereais, como arroz, e congele já em porções suficientes para uma refeição. Se precisar, deixe temperos (cebola, alho, alho-poró) e legumes já picados, prontos para serem refogados/assados;


- evite ter em casa alimentos processados, doces e afins, já que sair para comprar felizmente está mais limitado;


- se você estiver trabalhando de casa, estabeleça horários para as refeições. Duas coisas não são boas: ficar muitas horas sem comer e principalmente ficar beliscando a todo momento;


- como circular por aí não é uma opção nesse momento e ficar em casa é o mais sensato, evite ficar “testando” receitas porque “não há o que fazer”. Comer para passar o tempo pode ter um efeito colateral bem indesejado: o ganho peso.


Se puder, tome sol todos os dias, ouça os pássaros, olhe o céu, movimente seu corpo, leia, cante, durma cedo. Isso também fortalece o sistema imunológico!


E só tome vitamina D se ela for prescrita para um profissional capacitado. Doses além do necessário podem até fazer mal para o organismo.


Sugestões para o dia a dia:


café da manha: frutas, cereais tipo aveia/quinoa/amaranto em flocos, leite vegetal ou suco de frutas;


lanches: frutas frescas ou assadas, que podem ser puras ou misturadas a flocos de aveia/quinoa + chia/linhaça. Se sentir que precisa ficar “mastigando”, conte com cenoura, pepino, beterraba e rabanete;


almoço e jantar: use metade do prato para legumes e verduras, crus ou cozidos, especialmente as verde-escuras; cerca de ¼ do prato fica para as leguminosas e o ¼ restante para os cereais, como arroz integral/vermelho/negro, couscous marroquino, quinoa. Fruta de sobremesa é opcional.

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