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Foto do escritorAna Ceregatti (Escola de Nutrição)

Alimentos orgânicos vs. convencionais

Saiba quando escolher um ou outro


Estamos vivendo um momento maravilhoso dentro do tema alimentação saudável. Inúmeras informações circulando pela internet, que são lidas diariamente muitas pessoas, vêm operando transformações incríveis no hábito de compra e na composição das refeições diárias.


Embora as estatísticas oficiais mostrem um declínio importante na qualidade da alimentação do brasileiro, há várias iniciativas e movimentos de busca por uma alimentação mais saudável e equilibrada, baseada em alimentos integrais, vegetais e naturais.




Mesmo no que é bom, às vezes, encontramos exagero e distorção na escolha. Vejamos o caso dos orgânicos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), um produto é considerado orgânico quando for obtido de um processo extrativista sustentável, que promovam o ciclo natural dos recursos, o equilíbrio ecológico e não prejudique o ecossistema local, ou oriundo de um sistema orgânico de produção agrícola. Pesticidas e fertilizantes químicos não são permitidos. O conceito é encantador e engaja facilmente pessoas preocupadas com a própria saúde e com a do nosso planeta.


Quando falamos dos alimentos na sua forma mais natural, ou seja, frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, castanhas, o benefício dos alimentos orgânicos é indiscutível - digo isso porque já temos no mercado uma série de alimentos ultraprocessados feito de ingredientes orgânicos, que devem ser tão evitados quanto suas versões convencionais.


Os preços estão cada vez mais acessíveis e a produção vem aumentado cada vez mais. Porém, em alguns casos, quando o orçamento não comporta ou a o alimento não é encontrado por estar por exemplo fora da safra, a decisão de compra pode ficar prejudicada e a saúde comprometida. Em outras palavras, algumas pessoas, quando não encontram o produto orgânico desejado ou quando não tem condições de comprá-lo, optam por excluir o alimento do cardápio, ao invés de consumir o convencional.


É certo que os agrotóxicos fazem mal à saúde. E é certo que muito difícil de eliminá-lo, já que muitos penetram nos tecidos das plantas. Porém, entre comer um alimento fresco convencional ou ficar sem o alimento porque não há a versão orgânica, melhor optar pelo primeiro e garantir uma variedade de vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos. São esses nutrientes, junto com os carboidratos, proteínas e gorduras, que manterão nossas as células funcionando adequadamente.


Quando um produto orgânico não vale a pena?


Apesar de orgânico, para considerarmos um produto industrializado saudável e incluí-lo no nosso dia a dia, é importante observar sua lista de ingredientes. Quanto menos itens, melhor! Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico orgânica, açúcar mascavo orgânico e óleo vegetal orgânico continuam sendo farinha branca, açúcar e óleo! Alimentos com base nesses ingredientes devem sempre ser consumidos com muita moderação. Em algumas situações de saúde, como câncer, obesidade, diabetes, é melhor não consumir de forma alguma.


Sobre os agrotóxicos


Os agrotóxicos são usados para combater possíveis pragas que podem afetar os cultivos, como as ervas daninhas, sobre as quais se aplicam os herbicidas, as pragas em si, onde se usam os inseticidas, e os fungos, para os quais há os fungicidas. Na planta, esses agrotóxicos podem tanto ficar na superfície como penetrar nos seus tecidos, através de seu sistema circulatório, e chegar até o DNA do vegetal. Mesmo o de superfície pode ter alguma absorção pelos tecidos da planta. Portanto, não adianta colocar o alimento de molho no vinagre, no iodo, no carvão, no cloro, etc., pois somente uma pequena fração do agrotóxico de superfície será eliminada. O do tipo sistêmico sempre estará presente.

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