Bebês veganos: aleitamento materno e fórmulas infantis
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Foto do escritorAna Ceregatti (Escola de Nutrição)

Bebês veganos: aleitamento materno e fórmulas infantis

Atualizado: 11 de mai. de 2023

O leite materno é o melhor alimento para os bebês. O aleitamento deve ser exclusivo até o sexto mês de vida da criança e é recomendado até o final do segundo ano de vida, sendo tranquilamente possível prolongá-lo além desse período se a dupla mãe e filho assim o desejar.


O vínculo afetivo que se estabelece nesse momento é de grande importância para ambos.


A mulher que amamenta logo após o parto perde menos sangue, pois a oferta de leite à criança faz o útero voltar ao tamanho normal mais rapidamente. Ela também tende a ter menos chance de desenvolver câncer de mama e de ovário. Outro grande benefício para a mãe é a redução do peso corporal, já que parte do ganho de peso durante a gestação é para construir uma reserva energética para esse período.


A criança amamentada, além de receber um alimento totalmente desenhado à sua constituição, recebe anticorpos que ajudarão a formar e fortalecer seu sistema imunológico. O aleitamento também é fundamental para a formação da arcada dentária e para fala.


O leite materno está pronto para o consumo a qualquer hora e em qualquer lugar. Até o sexto mês de vida, atende totalmente às necessidades do bebê, que nem precisa tomar água. Mata fome e sede. A partir do sexto mês, ele deverá ser complementado com alimentos integrais, vegetais e naturais, consumidos pela família. A introdução alimentar deve ser orientada por nutricionista e/ou médico que acompanha a criança.


Leite de mulheres vegetarianas


A composição do leite materno de mulheres vegetarianas e veganas é bem similar à composição do leite produzido por mulheres onívoras. Isso está bem documentado na literatura e portanto não há pontos de preocupação.


A vitamina B12 é uma vitamina encontrada somente em alimentos de origem animal. Assim, seria esperado que o leite de mulheres veganas fosse carente e mulheres onívoras fosse adequado. Mas nem sempre é o que acontece. Isso porque o que mais determina o nível de B12 no organismo (e portanto no leite materno) é o caminho que essa vitamina percorre dentro dos órgãos e tecidos. Muito provavelmente, a mulher vegana, que não consome alimentos contendo B12, terá baixos níveis no seu sangue e no seu leite. Mas isso também pode acontecer com mulheres que consomem carnes, ovos e laticínios.


O recomendado é que todas as gestantes, independente da opção alimentar, tenham seus níveis sanguíneos de B12 avaliados e corrigidos para garantir que o leite materno seja rico nesta vitamina e que a criança receba tudo que precisa. Essa suplementação, que deverá seguir também durante a lactação, deverá ser prescrita pelo nutricionista ou pelo médico que acompanha a gestante.


Fórmulas infantis


Alternativa para as crianças que por alguma razão não puderam receber o leite materno, as fórmulas infantis têm composição determinada por legislação internacional e portanto são bem seguras para os bebês. Elas são a única opção até os 12 meses de vida, já que as bebidas vegetais não contém todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento da criança. A partir de 1 ano de vida, o uso de fórmula infantil é opcional e a mesma deverá ser prescrita somente pelo nutricionista ou pelo pediatra que acompanha a criança, com base no seu estado de saúde, crescimento e desenvolvimento.


Para uma família ovolactovegetariana, há várias opções no mercado à base de proteína do leite de vaca. Para famílias que não querem oferecer proteína animal ao bebê ou para bebês que têm alergia à proteína do leite de vaca, há somente as fórmulas de soja e de arroz. Lembrando que esses produtos não são veganos, pois contam com vitamina D de origem animal na composição.


Fórmulas contendo soja


A soja é um alimento que também pode causar alergia. Assim, se a criança for alérgica à proteína do leite de vaca e da soja, ela poderá receber fórmula à base de arroz ou fórmulas contendo aminoácidos livres, que são sintéticos.


Uma grande preocupação sobre o consumo dessas fórmulas é quanto à possível ação das isoflavonas – substâncias presentes naturalmente na soja – sobre os hormônios sexuais da criança. Há literatura farta sobre esse tema mostrando a segurança do consumo desses produtos por bebês e crianças.


Rede de apoio: esse é o nome dado às pessoas que vão ajudar a mulher logo após o parto, seja nas tarefas da casa (limpeza, organização de roupas e de louças), no preparo das refeições ou no cuidado com a criança para a mãe descansar. Qualquer pessoa pode fazer parte dessa rede, pois é fundamental que haja pessoas disponíveis para ajudar nessa fase, especialmente se for uma mamãe de primeira viagem


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