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Foto do escritorAna Ceregatti (Escola de Nutrição)

Um pouco sobre o arroz [#063]

Atualizado: há 7 dias

Ele é a base da alimentação de muitas culturas, como a brasileira, indiana, tailandesa e japonesa. No Brasil, faz par com o feijão e tem história de ser mal visto por quem deseja reduzir o peso. Afinal, o arroz deve ser mesmo abolido do cardápio ou tem algo de bom para nos oferecer? Confira a seguir


O arroz é um alimento que pertence ao grupo dos cereais e portanto bem rico em carboidratos. É a terceira maior cultura de cereais do mundo, perdendo apenas para o milho e o trigo.


De sabor suave e fácil preparo, normalmente é usado como base de pratos principais, como risotos, ou como acompanhamento das leguminosas e hortaliças.


Há vários tipos no mercado mas, de forma geral, todos têm um valor nutricional semelhante: ótimo teor de carboidratos, teor relativamente baixo de proteínas e de gorduras, boa fonte de vitaminas , minerais e fibras (nas versões integrais). Exatamente pelo seu alto teor de carboidratos, um nutriente essencial para nosso metabolismo, ele é muito bem-vindo na rotina alimentar. Mas pode ser excluído da dieta vegetariana, quando se deseja reduzir a ingestão calórica, pelo fato de as leguminosas, que são a principal fonte proteica, serem também ótimas fontes de carboidratos.


A estocagem é simples: se estiver cru, pode ficar dentro de um pote, preferencialmente de vidro, bem fechado. Querendo prolongar o prazo de validade, basta guardar no freezer. Depois de cozido, deve ser guardado em geladeira por no máximo dois dias. Se a ideia é ganhar tempo para o consumo diário, é possível fazer quantidades maiores e armazená-lo no freezer em potes plásticos (livres de bisfenol A ou BPA) ou de vidro por cerca 30 dias – quanto mais tempo ele ficar congelado, maior é a perda nutricional. E isso vale para qualquer alimento.


Vamos conhecer cada tipo:


Branco: é o mais comum, preferido por muitas pessoas. Ele perdeu a casca e o gérmen, onde se concentram vitaminas, minerais, fibras, proteínas e gorduras. O que sobra é o miolo, chamado de endosperma, onde está o amido, composto basicamente de carboidratos. Temos o arroz branco longo, tipo agulha, e o mais redondinho, tipo cateto. São bem parecidos em composição. Na nossa cultura, comemos o arroz acompanhado de feijão, mas ele pode acompanhar qualquer leguminosa ou ser usado para fazer bolinhos e bolachinhas.


Integral: também nas versões agulha e cateto, é o grão que só perdeu uma das camadas externas ao ser colhido. Sem dúvida, é muito mais nutritivo que o arroz branco e pode ser usado da mesma forma. Prepará-lo na panela de pressão é mais rápido, pois na panela convencional leva cerca de 40 minutos. Na pressão, usando 1 medida de arroz e 3 medidas de água, além de temperos como sal, cebola, alho-poró, alho, louro, etc., ele fica pronto em 15 a 20 minutos, contados a partir do momento que a panela começar a chiar, dependendo da chama do fogão.


Parboilizado: é um arroz que passou por um processo térmico e ficou pré-cozido. Ele pode ser integral ou refinado e fica pronto bem mais rápido


Vermelho: a cor vem da película que o envolve, mas é bem parecido com o arroz integral. Também demora um pouco mais para ficar pronto e pode ser feito na panela de pressão


Negro: seu diferencial é o alto teor de um antioxidante chamado antocianina, presente nas frutas vermelhas, na uva e em outros alimentos nas cores vermelha, roxa e azul. Também parecido com o integral, fica delicioso na versão doce, tipo arroz doce


Basmati: muito presente na culinária indiana, seus grãos são bem aromáticos, mais longos e mais finos que o arroz agulha. Naquele país, esse arroz acompanha o dahl, um cozido à base de lentilhas, legumes e especiarias


Japonês ou “nihon mai”: conhecido como Gohan, é a base da culinária japonesa


Arbóreo: o preferido para risotos, seus grãos são arredondados e curtos, ficando bem cremoso depois de cozido. Ele não deve ser lavado antes do preparo, como fazemos com os demais


Selvagem: ele não é exatamente um arroz. É da mesma família, mas muda o sobrenome botânico (gênero). Tem um teor de proteínas bem mais alto que os demais, chegando perto da quinoa e da aveia. É também rico em carboidratos, vitaminas, minerais e antioxidantes. Ele é mais consumido como saladas, embora seja tranquilo colocá-lo no lugar do arroz integral. É o que mais demora para cozinhar


Dica culinária:

Sabe aquele arroz que sobrou na geladeira e você quer fazer algo diferente? Bata no liquidificador com água até virar uma mistura bem homogênea e, com ajuda de uma colher, forme bolachinhas, dispondo-as numa assadeira previamente untada. Asse em forno médio por 40 minutos ou até as bordas ficarem crocantes. Uma ideia de quantidade seriam 2 medidas de arroz cozido (branco ou integral) para 1 medida de água, dependendo se o arroz estiver mais seco ou mais úmido. Brincar com temperos, tipo orégano, gergelim, cúrcuma pode ser uma boa ideia.

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