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Foto do escritorAna Ceregatti (Escola de Nutrição)

Vitamina D: quando suplementar [#072]

Atualizado: há 2 dias

A vitamina D tem uma função muito conhecida na manutenção do sistema musculoesquelético, do qual os ossos fazem parte, pois ela age diretamente sobre o metabolismo do cálcio, um dos minerais que compõem a chamada matriz óssea.


Ela é chamada de vitamina, mas, na verdade, funciona como um hormônio nos vários órgãos e tecidos. Por isso, sua ação vem sendo estudada por pesquisadores de várias áreas de atuação, para além da saúde óssea, como por exemplo, nas doenças autoimunes, câncer, obesidade, doenças do sistema nervos entre outras. Isso porque em quase todas as células do nosso corpo há um receptor para ela.


Sua deficiência ou insuficiência vem aparecendo cada vez mais nas várias faixas etárias e nos quatro cantos do planeta. Por conta disso, os valores de normalidade/suficiência vêm sendo revistos de tempos em tempos.


Em 2020, os valores nacionais de referência foram revisados, conforme abaixo. Em abril desse ano, um painel de especialistas europeus também revisou as faixas de referência e propôs níveis semelhantes aos nossos.


Deficiência: inferior a 20 ng/ml

Adequado para a população em geral até 65 anos: entre 20-60 ng/ml

Adequado para indivíduos em grupos de risco*: 30-60 ng/ml

Risco de intoxicação: acima de 100 ng/ml


* idosos, pacientes pós-cirurgia bariátrica, gestantes, indivíduos que utilizam medicamentos que interferem no metabolismo da vitamina D, pacientes com osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, osteomalácia, diabetes mellitus tipo 1, câncer, doença renal crônica e má absorção


O que se vê, tanto no Brasil como no mundo, de maneira geral, são níveis bem abaixo de 20 ng/ml, onde a necessidade da suplementação é fato indiscutível. É importante falar que a prescrição da dose adequada deve ser feita por um especialista, médico ou nutricionista, e que o uso por conta própria pode colocar a saúde em risco.


Também importante falar que a maioria dos suplementos de vitamina D disponível no mercado brasileiro é de origem animal, obtida da lanolina extraída da lã de ovelhas. Felizmente, já temos no Brasil opções livres de componentes animais, como a vitamina D2 e a vitamina D3 extraída de líquens.

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